Por Priscila D'arc
Técnicos do Complexo Portuário de Suape e da Prefeitura Municipal de Ipojuca vistoriaram, na manhã desta terça-feira (13) algumas das áreas mais afetadas pelas chuvas das últimas semanas na cidade. A equipe, liderada pelo diretor de Gestão Fundiária e Patrimonial de Suape, Sebastião Pereira Lima, a secretária de Infraestrutura, Giuliana Cavalcanti, e técnicos da Defesa Civil percorreram alguns dos pontos mais críticos do município, entre eles o Centro da cidade e as localidades de Camela, Nossa Senhora do Ó e Barreira de Bela Vista. Agora a equipe tem como missão traçar um plano emergencial junto com o Governo de Pernambuco para a retirada das famílias que ainda se encontram nas áreas de risco do município.
Antes de começar a ação nas localidades, toda a equipe se reuniu na secretaria de Infraestrutura para colher os dados técnicos sobre a estrutura das casas localizadas em áreas de encostas ou atingidas por inundações, além de acessos obstruídos na cidade. De acordo com o último levantamento o município de Ipojuca teve 272 deslizamentos de barreiras, 142 famílias ainda estão desabrigadas, 284 estão desalojadas nas área urbana e 2000 casas foram atingidas pela inundação. Já nas áreas rurais 300 famílias foram atingidas. Todas as informações coletadas serão levadas para uma reunião nesta quarta-feira (14) no Comitê de Crise, instalado no Palácio do Campo das Princesas.
“Devemos realizar a retirada das famílias que ainda vivem em situação emergencial e, com ajuda do Governo do Estado, construir moradias para que as famílias não voltem para as áreas de risco. Enquanto a equipe técnica trabalha para isso, as famílias vão ser assistidas pelo auxílio-moradia”, disse a secretária de Infraestrutura de Ipojuca, Giuliana Cavalcanti.
Existem pessoas que moram em áreas próximas a barreiras, mas que foram afetadas devido a proporção dos deslizamentos. Em alguns casos, existem destroços de outras moradias que invadiram quintais, o que acaba trazendo insegurança até para quem não deveria estar nas zonas de risco. “Nossa família tem muito medo que a barreira caia. Quase não dormimos durante esses dias de chuva e agora qualquer barulho que ouvimos já se transforma em alerta para todos, ” relatou a dona de casa, Izabel Gomes, 70 anos.