Por Gabriela Santos
Cerca de 250 moradores já participaram dos cursos, que tem como objetivo gerar uma fonte de renda alternativa 
Promover a capacitação das famílias que habitam no seu território é a aposta do Complexo Industrial Portuário de Suape para que os moradores desenvolvam uma fonte de renda alternativa. A Diretoria de Gestão Fundiária e Patrimônio do Complexo, que exerce um papel de interlocutor entre as famílias residentes nas comunidades e a administração da Empresa Suape, está oferecendo, gratuitamente, uma série de cursos a esses moradores. A ação, que teve início em julho e segue até agosto de 2017, visa beneficiar cerca de mil pessoas das comunidades de Vila Claudete, Nova Tatuoca, Cêpovo, Massangana I e Praia de Suape, localizadas no Cabo de Santo Agostinho.
A iniciativa estimula os moradores a ampliar sua renda familiar, aproveitando a matéria prima ou materiais que seriam descartados no seu dia a dia. “Nossa ação tem como objetivo promover o desenvolvimento socioeconômico das comunidades, oferecendo a jovens e adultos a possibilidade de ampliarem sua capacidade social e profissional, explorando a interação e a criatividade. Temos recebido relatos de comunitários que enfatizam que vão dar continuidade ao conteúdo explorado, seja quanto à confecção do material aprendido, como por meio da comercialização dos produtos”, explica o vice-presidente, Evandro Avelar.
Cerca de 250 moradores já foram beneficiados com os cursos, ministrados mensalmente por profissionais especializados. Foram oferecidas oficinas de produção de sabão artesanal reutilizando óleo de cozinha; confecção de bolsas reutilizando embalagens tetra pak; produção de pufes artesanais reutilizando garrafas pet; horta vertical e produção de vassouras. A maioria dos cursos é dividida em dois momentos: o primeiro voltado para a conscientização, sensibilização e reeducação dos moradores, enquanto o segundo é direcionado para a parte prática.
Em complemento a estas oficinas, estão sendo disponibilizados, paralelamente, cursos sobre empreendedorismo, para instruir os moradores em relação a geração de renda no território e incentivá-los a desenvolver uma iniciativa de negócios com os materiais que aprenderam a confeccionar. As aulas, ministradas pelo professor Emanuel Sampaio, doutor em Ciências Sociais e especialista em Empreendedorismo, são divididas em três módulos que incluem tópicos como Gestão Empresarial e Planejamento de Vendas.
O projeto tem recebido um retorno cada vez mais positivo. Exemplo disso é a história de Renata Maria. Com 29 anos, mãe de dois filhos, a dona de casa, moradora de Massangana I, não via em sua rotina a possibilidade de uma especialização, mas encontrou nas oficinas a chance de crescer profissionalmente. Até agora, participou de cinco cursos promovidos por Suape e destacou o sucesso da ação. “Cada oficina que participo aqui é cada vez mais construtiva. Tenho aprendido muito a ajudar na minha renda familiar”, conta.
