Por Grace Souza
Uma comitiva formada por técnicos do Porto de Suape visitou o Porto de Santos, em São Paulo, considerado o maior do país, para tratar dos temas ligados a meio ambiente, emergência, gestão e segurança portuária, sobretudo com relação ao incêndio ocorrido no terminal petroquímico da empresa Ultracargo, ocorrido em abril passado. Participaram da visita a coordenadora de Desenvolvimento Ambiental, Rafaella Viana; a coordenadora de Negócios Portuários, Tahiana Gurgel; o coordenador do ISPS Code, Osvaldo Morais; o gerente de Proteção Ambiental, Marcos Alves; a gestora técnica de Plano de Contingência, Janaína Barros; o coordenador executivo de Negócios Portuários, Nilson Monteiro, além de integrantes do Corpo de Bombeiros de Pernambuco. A equipe esteve em Santos de 10 a 12 de junho passado.
Os técnicos de Suape foram recebidos pelos diretores de Santos Paulino Vicente (Institucional de Infraestrutura), Luiz Claudio Montenegro (Planejamento), José Manoel Gatto dos Santos (Desenvolvimento Comercial) e Alencar Costa (Administrativo Financeiro) que apresentaram as atividades e estruturas portuárias.
Na área de meio ambiente e emergência foram abordadas as estratégias de trabalho para a segurança, saúde e meio ambiente nas operações portuárias de acordo com as demandas operacionais do porto. Segundo o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Jorge Araújo, o resultado da visita foi positivo, uma vez que poderá aperfeiçoar a estrutura que já existe em Suape e nortear as ações de prevenção, eficiência e eficácia na preparação e resposta a possíveis emergências no Porto.
No terminal da Ultracargo, a equipe conheceu as estratégias empregadas no combate ao incêndio, que contou com a ação do Corpo de Bombeiros de Santos e adjacências, integrada com mais de 60 órgãos governamentais e empresas privadas. O incêndio ocorreu no último mês de abril e é considerado por especialistas o segundo maior do mundo na atividade petroquímica. Os funcionários da Ultracargo apresentaram os recursos humanos e os materiais dos planos de emergências empregados nas fases de combate e de rescaldo, com custo estimado apenas durante a fase de combate em R$ 70 milhões.
O tema segurança portuária foi tratado pelo superintendente da Guarda Portuária, Ezio Borghetti, e pelo líder da Brigada de Emergência do Porto de Santos, Silvio Nabor, que mostraram como funciona o sistema de monitoramento e de controle de acesso ao porto. ?Muitos dos conhecimentos adquiridos servirão para uma melhor prestação do serviço de segurança pública no Porto de Suape?, contou o coordenador do ISPS Code de Suape.
A comitiva visitou também o Terminal de Contêineres Libra, que possui uma área total de 155 mil metros quadrados, com 1.085 metros de extensão de cais e dez portêineres. ?Fomos entender as boas práticas que tornam a Libra um dos melhores terminais de contêineres do Brasil e replicar em Suape?, avaliou Tahiana.
PORTO DE SANTOS - Administrado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o porto possui 13 quilômetros de cais, 55 quilômetros de extensão de dutos transportadores de líquidos inflamáveis e uma usina hidrelétrica própria. Conta com 55 terminais marítimos e retroportuários e 65 berços de atracação, dos quais 14 são de terminais privados. A movimentação de cargas até o mês de maio somou mais de 45 milhões de toneladas.