Testar a capacidade de cooperação das instituições que integram o Plano de Auxílio Mútuo (PAM) do Porto de Suape. Este foi o principal intuito do primeiro simulado de emergência realizado nas vias internas da área portuária de Suape, na manhã desta quarta-feira (19). A ação foi desenvolvida em parceria com as empresas instaladas na região do porto organizado e, também, com o Órgão Gestor de Mão de Obras (OGMO).
Sendo um dos principais polos de investimentos do país, o Complexo Industrial Portuário de Suape demonstrou que está preparado, não só para a chegada de grandes empreendimentos, mas também para o controle das eventuais situações de risco passíveis de acontecer nas suas vias internas.
O plano, determinado pela norma regulamentadora 29, tem como objetivo atuar cooperativamente e de forma organizada na prevenção, controle e atenuação de emergências ocorridas nas empresas ou em áreas comuns do porto. Ele é constituído pelos empreendimentos instalados na área do porto organizado, pela Autoridade Portuária e OGMO. O PAM é liderado pela Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente de Suape, através da coordenadoria executiva de controle ambiental.
“Além de coordenar o PAM, Suape realiza diversas ações para incentivar a integração de todos os seus membros. Solicitamos a adesão formal de todas as empresas do porto organizado e mensalmente são realizadas, no Centro Administrativo de Suape, reuniões com todas as empresas participantes para tratar das questões de interesse do grupo. Além disso, licitamos o sistema de comunicação. Hoje, todas as empresas possuem um rádio instalado, através do qual podem acionar o Corpo de Bombeiros, caso haja alguma ocorrência”, disse o secretário de desenvolvimento econômico e presidente de Suape, Frederico Amancio.
SIMULADO - O cenário criado pela equipe foi de uma colisão entre um caminhão tanque da Supergasbras e um veículo de passeio, resultando em um vazamento de GLP e uma vítima com fratura exposta, que permaneceu no carro à espera de socorro. Os riscos iminentes eram de incêndio e explosão, além disso, todas as viaturas do Corpo de Bombeiro estavam em ocorrências externas. O simulado começou às 9h30 e encerrou, conforme o previsto, às 10h40, com todas as ações sendo executadas.
As funções de cada equipe para o controle da emergência foram analisadas por um grupo de avaliadores convidados. Desse modo, foram julgadas desde as tarefas iniciais da segurança portuária (isolamento da área, mudança na saída dos veículos), passando pelas ações preventivas de contenção de vazamento do caminhão, as intervenções dos brigadistas enviados pelas empresas, o auxílio dos bombeiros na comunicação, o próprio sistema de comunicação até a atuação da coordenadora de emergência, Kátia Cavalcanti, representante da Supergasbras.
O importante desse tipo de ação é a participação mútua, a integração. “A proposta de um simulado não é que dê tudo certo, mas que sejam trocadas experiências, levantados pontos positivos e negativos para a melhoria do sistema”, explica a coordenadora do PAM, Danielle Santos. Para ela ficou demonstrado que “em uma situação real de perigo, em que os Bombeiros não cheguem a tempo, nós temos como realizar os primeiros procedimentos”.
Participaram como observadores: Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis - IBAMA, Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco - CEATOX/SES, Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH, Agência Nacional de Transporte Aquaviário - ANTAQ, PAM – Cabo, e Defesa Civil de Ipojuca. Já as empresas participantes e avaliadoras foram: Bunge Moinho, Bunge Alimentos, Refinaria Abreu e Lima, Temape, Estaleiro Atrântico Sul, Tecon, Suata, Brasbunker, Liquigas, Iberdrola, Pernambuco Industrial, Copagaz, Nacional Gas Butano, Decal Brasil, Tequimar e Teape.