Rico em energias renováveis, o Nordeste brasileiro se destaca e concentra 77% dos parques eólicos do país. Pernambuco vem se sobressaindo nesse cenário, especialmente por abrigar a cadeia produtiva dos equipamentos que vão produzir a energia eólica na região. Com sua localização privilegiada e infraestrutura adequada, o Complexo Industrial Portuário de Suape, se sobressai neste cenário por ser o palco desse polo que se desenvolve no Estado.
As duas fábricas que já operam somam mais de 1.300 empregos diretos, número que deve dobrar no momento em que os novos empreendimentos entrarem em operação. Com essas empresas, Pernambuco fecha a cadeia produtiva das grandes peças, garantindo mais de R$ 350 milhões em investimentos privados. O foco de trabalho se volta agora para a atração da cadeia de suprimentos dessas empresas.
Localização estratégica - A localização central em relação às áreas com grande potencial eólico, como Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará, a infraestrutura de transporte e o suporte governamental específico para o setor, fazem de Pernambuco um local de destaque para a consolidação dessa cadeia. Suape, por sua vez, possui características operacionais diferenciadas para a movimentação das peças utilizadas nesse setor. Os berços de atracação são protegidos por arrecifes naturais, resultando em águas tranquilas, e as condições climáticas são amenas, permitindo operações 24 horas por dia, durante o ano inteiro.
Excelente infraestrutura - Outro diferencial é o sistema viário do Complexo, projetado para o transporte de peças de grandes dimensões, sem interferências urbanas, sem aglomerações e que dispensa licenças especiais no trajeto entre o Porto e as fábricas. Além disso, uma nova via férrea – a ferrovia Transnordestina -, que ligará Suape ao município de Eliseu Martins, no Piauí, e ao Porto de Pecém, no Ceará, encontra-se em construção, o que facilitará ainda mais o transporte deste tipo de equipamento para outras regiões do Estado. A Transnordestina cortará todo o Estado de Pernambuco e do Ceará, passando próximo a áreas com grande capacidade de geração de energia.
Visto como o polo de desenvolvimento mais dinâmico do país, o Complexo de Suape, é considerado o melhor porto público do Brasil por diversos institutos nacionais de logísticas e sua infraestrutura portuária foi eleita a melhor do país em 2011, pela revista inglesa The New Economy.
O Porto apresenta estrutura moderna, com profundidades entre 15,5m e 20,0m e grande potencial de expansão. Possui localização estratégica também em relação às principais rotas marítimas de navegação que o mantém conectado a mais de 160 portos em todos os continentes, com linhas diretas da Europa, América do Norte e África.
A sua concepção de porto-indústria oferece condições ideais para a instalação de empreendimentos nos mais diversos segmentos. A consolidação do cluster eólico é uma prova disso e vem somar com os polos existentes. Já são mais de 100 empresas em operação, responsáveis por mais de 25 mil empregos diretos, e outras 50 em implantação. São indústrias de produtos químicos, metal-mecânica, naval e logística, que fortalecerão os setores de geração de energia, granéis líquidos e gases, alimentos e, também, de energia eólica.
Grandes obras - Para dar suporte a esses novos empreendimentos, grande obras estão acontecendo em Suape. Por exemplo, no final de 2011, foram iniciadas a dragagem e derrocagem de aprofundamento do canal de acesso do porto externo. A obra, prevista para ser concluída no final de 2013, tornará o Porto ainda mais competitivo e atrativo para as empresas, pois permitirá receber qualquer tipo de navio, incluindo os grandes petroleiros e os de minérios. A dragagem possibilitará um aumento de quatro metros na profundidade do canal (de –16m para –20m).
Atualmente, Suape possui cinco cais para atracação no porto interno e um molhe de pedras de proteção em “L”, que abriga três píeres de granéis líquidos, um cais de múltiplos usos e uma tancagem flutuante de GLP, no porto externo. Visando ampliar, ainda mais sua estrutura, quatro novos terminais serão instalados: um para granéis sólidos, outro para açúcar, um novo para contêineres e um quarto para grãos, com investimento superior a 1 bilhão de dólares até 2013.