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Documentário produzido no território de Suape dá voz a comunidades locais e será exibido no Cine PE

|    Porto

A vida secreta de Delly” conta a história de Edelfan Batista, que enfrentou o preconceito e abandono antes de se tornar a voz dos catadores de Nova Vila Claudete, no Cabo de Santo Agostinho

 

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Três identidades, uma só pessoa e uma vida marcada por abandono e redenção. “A vida secreta de Delly”, documentário produzido por meio de uma parceria entre Suape e o Cine PE, conta a história de Edelfan Batista, 34 anos, presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Nova Vila Claudete (NovaClau Recicla), no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. O filme, produzido com a participação de moradores de Massangana e do Habitacional Nova Vila Claudete, é o resultado da oficina de cinema “Documentando: teoria e prática cinematográfica”, oferecida a jovens e adultos dessas localidades. Na manhã de quarta-feira (03), alunos e familiares tiveram a oportunidade de assistir ao filme, em primeira mão, em sessão exclusiva no cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Em pouco menos de 18 minutos, o enredo apresenta a trajetória de Edelfan. De família pobre, o personagem precisa enfrentar, na infância, o abandono da mãe, a responsabilidade de cuidar da casa e dos irmãos e a descoberta de sua sexualidade. Surge Delly, a nova identidade de Edelfan. Expulsa de casa pelo pai, mergulha no mundo das ruas e da criminalidade. Após envolvimento com traficantes, escapa da morte e reencontra a mãe. Surge então Dell Batista, o catador de material reciclado que precisa trabalhar para sobreviver. Dell se torna o representante de centenas de pessoas que buscam melhorar de vida por meio do trabalho na associação de catadores.

 

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Emocionado após a exibição do documentário, Edelfan falou da importância de dar visibilidade ao trabalho desenvolvido pela associação por meio de sua história “secreta” de vida. “Estamos correndo atrás da regularização da associação e eu vi uma forma de divulgar o nosso trabalho contando a minha história. Eu nasci Edelfan, me tornei Delly, mas eu precisava de alguma forma trabalhar, me sustentar e a figura feminina de Delly não era bem-vista pelas pessoas. No meio termo entre ter nascido Edelfan e ter me transformado em Delly, eu criei outro personagem. Dell Batista é o ser que sustenta esses dois. Foi ele que fez com que essa história existisse. Assim, pude me dedicar e hoje representar muitas pessoas em nossa comunidade através da força do nosso trabalho”, conta.

 

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O cineasta Marlom Meirelles, professor, orientador e diretor do documentário, diz acreditar no poder transformador do cinema. “Foi muito importante nos conectarmos com a comunidade e ver que todos esses agentes locais acabaram sendo protagonistas dessa história. Inclusive, foi uma grande surpresa descobrir a história de Dell, que tem, na verdade, uma vida secreta que deu origem a esse filme. São tantas nuances, uma história impactante, que também tem a ver com os programas realizados por Suape, já que o trabalho dos catadores de Vila Claudete é um dos seus desdobramentos. A gente vê que é um projeto cíclico que aborda a questão da identidade de gênero. Mas, para além disso, um trabalho social desenvolvido dentro da comunidade”, pontua.

DEDICAÇÃO

Marlom conta que os alunos se dedicaram integralmente à oficina e à produção do documentário e tiveram participação essencial na finalização do produto. “Foi uma turma muito participativa, pois abraçou demais o projeto e passou a estudar o documentário, entender como é produzido, os movimentos e escolas de cinema que têm conexão com esse gênero. A partir disso, a gente começou a desmistificar a relação do grupo com o cinema, que parece ser uma coisa distante, inacessível e os alunos viram que era possível produzir e participar de todo o processo”, agrega o cineasta.

CONTINUIDADE

Para a coordenadora de Assistência Social de Suape, Líbia Paixão, além de proporcionar um novo mundo aos participantes do projeto, há a perspectiva de que parte da turma continue a estudar e a aperfeiçoar o aprendizado. “Alguns alunos já nos procuraram para darmos continuidade ao projeto com novas atividades e a gente percebe que o interesse é muito grande. Hoje celebramos a culminância dessa oficina, na qual eles puderam aprender um pouco sobre a questão cinematográfica, sobre documentário, uso de equipamentos, tudo de uma forma muito técnica. Além disso, o filme apresenta um pouco da associação que é assistida por Suape, com todo o suporte técnico necessário. Por isso, acreditamos que o projeto trouxe imensos ganhos na questão da responsabilidade social, da forma que imaginamos no início dessa parceria”, salienta.

 

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Durante a oficina, adolescentes e adultos das comunidades do Engenho Massangana, e do Habitacional Nova Vila Claudete percorreram todo o processo de realização de um documentário e os elementos fundamentais para a construção de um roteiro, produção, captação e edição de um filme. “A vida secreta de Delly” será exibido ao grande público na próxima edição do Cine PE. No encerramento das atividades, os participantes receberam o certificado de conclusão como comprovação do envolvimento e aprendizado. O curso foi resultado de uma parceria do Cine PE com o Porto de Suape, um dos patrocinadores da 25ª edição do festival, ocorrida em dezembro de 2021. 

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