A estrutura de pedra que protege o atracadouro, que se encontra em processo final de restauração, agora se chama Molhe Marcello Coimbra de Castro. Família do geólogo, falecido em 2017, participou da solenidade de descerramento de placa
"Suape fez parte da nossa família por 38 anos. Em cada um de nós, aflora um turbilhão de sentimentos. Temos a emoção de estar neste espaço em grande parte por ele planejado e construído. Estamos muito felizes com essa homenagem". O depoimento resume o sentimento da viúva do geólogo Marcello Coimbra de Castro, dona Zélia Castro, dos três filhos do casal e demais familiares que participaram, na manhã desta quarta-feira (15), da solenidade de descerramento de placa em que a administração da estatal portuária reverenciou e batizou o molhe com o nome do ex-funcionário, que morreu em 7 de janeiro de 2017. Ele atuou no porto desde 1979, sendo incorporado aos quadros da empresa dez anos depois.
Antes de seguir para o porto, os 16 familiares do geólogo (além da viúva e filhos, estiveram presentes irmão, genro, nora, cunhados e sobrinhos) participaram de um café da manhã com o diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão. Na ocasião, o gestor recebeu das mãos de dona Zélia cópias de documentos e projetos assinados pelo geólogo, que fez parte da construção do maior complexo industrial portuário do Norte/Nordeste. "É uma colaboração muito importante para a preservação da memória de Suape", pontuou Gusmão, em agradecimento.
Em seguida, o grupo foi convidado para a solenidade no porto e fez um passeio pelo atracadouro. "Assim como meu marido, Suape se tornou realidade graças aos sonhos e a perseverança dos seus pioneiros e as gerações que se seguiram ampliaram e multiplicaram o seu raio de ação e seus impactos. Marcello viveu as diversas fases e essas experiências permitiram construir um vínculo muito forte com o porto", lembrou a viúva.
Formado em geologia pela UFPE, Marcello Castro nasceu em 10 de março de 1937 e fez parte da turma dos Geólogos Pioneiros do Norte e Nordeste do Brasil. Antes de começar sua trajetória em Suape, atuou como professor, geólogo, consultor e assistente técnico. No porto, começou como consultor, participando de comissões de acompanhamento e de licitação do "Projeto Molhe". Já como servidor efetivo, elaborou e supervisionou importantes planos estruturadores e ocupou cargos de chefia, atuando na Diretoria de Planejamento e Gestão e na Comissão de Reformulação do Projeto de Zoneamento Periférico.
Para assistir ao resumo da homenagem ao geólogo copie o link encurtador.com.br/sILV0