Unidas pelo propósito do desenvolvimento. O Dia Internacional da Mulher é caracterizado pelas lutas femininas, suas histórias inspiradoras e de superação. Nesta data, apresentamos quatro colaboradoras, personagens da vida real, que atuam no Complexo Industrial Portuário de Suape em áreas dominadas por homens conquistando seu espaço e o respeito dos colegas. Cada uma a sua maneira, elas deixam sua marca impressa por onde passam, assumindo o protagonismo de ações cruciais e, influenciando no desenvolvimento do Complexo.
A história da funcionária mais antiga da empresa Suape, Geralda Franco (foto acima), se confunde com o crescimento do Suape. Há 37 anos trabalhando na empresa, nove destes à frente do Departamento de Recursos Humanos, acompanhou de perto a evolução, o desenvolvimento e a ascensão da empresa. “Estou em Suape desde que colocaram a primeira pedra no molhe no Porto. A gente vinha andando na estrada de barro até o centro administrativo. Acompanhei todo o processo de desenvolvimento, fiz parte deste crescimento”, explica. E complementa: “A mensagem que eu gostaria de deixar para as mulheres da atualidade é que elas sejam elas mesmas, ocupem seu espaço, tanto na vida privada quanto na profissional. Eu diria para elas tomarem as rédeas da vida, porque o comando é delas!”, comenta, emocionada.
O mar, elemento fundamental do porto, é a paixão e objeto de estudo da oceanógrafa, Daniele Mallmann. Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, deixou a cidade de Palmitos em Santa Catarina e, em 2006 aportou em Pernambuco para entender os ambientes tropicais e conhecer os manguezais e recifes do Nordeste. Em 2014, entrou para o time de funcionários da empresa Suape, como oceanógrafa da empresa, atuando nas fiscalizações ambientais, no estabelecimento de protocolos e, nos cuidados ambientais durante as obras que envolvem a costa e o mar. Para ela, trabalhar em um porto foi a sua meta desde o início de sua graduação. “Eu vejo muito sentido em trabalhar nessa área. Quando eu vou para o Porto e observo que as operações estão ocorrendo e, que ainda assim existe vida abundante no mar, fico satisfeita. Nossa intenção é aprimorar ainda mais as práticas ambientais para que as operações portuárias sejam cada vez mais compatíveis com a qualidade ambiental da área”.
Se expor às adversidades do trabalho de campo, enfrentando o sol, chuva, vento e mata fechada não é para qualquer um. É uma rotina pesada que muitos consideram adequada para os homens. Em Suape, provando que essa realidade pode ser diferente e desafiando alguns paradigmas a técnica em topografia, Taneha dos Santos, atuando na empresa desde 2014, fala abertamente sobre o quanto gosta da sua profissão. “Para trabalhar nessa área é preciso ter determinação. É falar e demonstrar que você está disposta a passar por situações desafiadoras e correr atrás. Trabalhamos em diversos tipos de ambientes, seja portuário ou de mata, são atividades diversificadas e sou apaixonada pelo o que faço”, pondera. A profissional é responsável por realizar os levantamentos de topografia de diversas obras, além de determinar as localizações de elementos, realizar medições e a atualização de mapas, plantas e desenhos.
De sorriso fácil e dona de uma calma singular, a assistente social do Empresa Suape, Jéssika Gibson já atuou em mais de 200 casos com famílias residentes no Complexo. Jéssika atua diretamente com os casos do Projeto Habitacional Suape, famílias que serão reassentadas em áreas de loteamentos rurais, outras que seguirão para o Conjunto Habitacional Governador Eduardo Campos. “Para a minha profissão a troca de experiência com as famílias é muito rica. Eu trabalho diretamente com as questões que aprendi em minha vida acadêmica, que não fogem em nada ao que estudei na faculdade. Aqui somamos vários conhecimentos. Nossa intenção, após todo o processo de reassentamento, é pensar projetos de sustentabilidade no novo habitat”, salienta.
A empresa Suape conta com 143 mulheres em seu quadro de funcionários. Entre elas, secretárias, engenheiras, arquitetas, jornalistas, médica, enfermeira, controladora de tráfego marítimo, contadoras, administradoras, recepcionistas, bibliotecária, técnica de segurança e outras tantas que fazem a diferença na empresa. É essa mão de obra, dotada de inteligência emocional e da capacidade de exercer várias funções ao mesmo tempo que ajudam a construir a história de desenvolvimento do Complexo e de Pernambuco.