Por Karen Fon e Grace Souza
Preparar parceiros e colaboradores para possíveis ameaças no ambiente de trabalho é uma das preocupações da administração do Complexo Industrial Portuário de Suape. Foi pensando nisso que a Coordenadoria Executiva de Controle Ambiental e a Coordenadoria de Educação Ambiental promoveram, nesta terça-feira (03/03), no auditório do Centro Administrativo, uma palestra sobre o combate a febre chikungunya e dengue. A apresentação, ministrada pelo diretor de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde de Ipojuca, José Lancart, expôs aos trabalhadores das empresas do Complexo quais devem ser os cuidados para combater a proliferação dos mosquitos transmissores das doenças.
Sintomas, transmissão e tratamento foram algumas abordagens feitas por Lancart durante a apresentação. O diretor explanou sobre as formas de erradicar os focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e principal vetor da febre chikungunya. "Nosso ambiente de trabalho é uma extensão da nossa casa e por isso devemos estar atentos, principalmente, aos lugares abertos que podem se tornar abrigos ideais para a propagação do mosquito, que tem hábitos diurnos", salientou José Lancart.
A febre chikungunya é uma doença causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae e seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado, o mesmo que transmite a dengue, e, em menor escala, pelo mosquito Aedes albopictus. A forma de transmissão é a mesma da dengue e os sintomas também são parecidos. A diferença está na duração da doença, que pode chegar a 60 dias nos casos mais graves, e no acometimento das articulações, provocando dor intensa e inchaço nos locais. A origem do nome chikungunya significa no dialeto Makonde da Tanzânia "aqueles que se dobram", em alusão ao andar curvado de quem sofre com a doença devido às fortes dores.
CASOS - Em Pernambuco, os casos de dengue aumentaram em 2014, segundo informações do Ministério da Saúde. No ano passado, foram registrados 10.452 casos contra 7.985 em 2013. Já o número de mortes pela doença diminuiu passando de 37 óbitos em 2013 para 25 em 2014. No entanto, os casos no Brasil apresentaram uma redução de 59,5% em comparação com 2013. Foram 587,8 mil em 2014 contra 1,4 milhão em 2013. Tivemos 11 casos notificados de febre chikungunya no estado no ano passado e apenas um confirmado.