No dia 15/10, foi realizada, no auditório do Centro Administrativo de Suape, a segunda reunião do projeto Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar para o Complexo Industrial Portuário de Suape. O encontro foi promovido pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e teve como objetivo discutir a forma de participação das empresas instaladas ou em processo de instalação no projeto.

Além da CPRH e de Suape, estiveram presentes na reunião os representantes das empresas Petrobras Distribuidora, Estaleiro Atlântico Sul, Petroquímica Suape, M&G Polímeros, Transpetro, Terminais Marítimos de Pernambuco (TEMAPE), Duratex, Energética Suape II, Decal, Pandenor e Caulim do Nordeste.

De acordo com o diretor de controle de fontes poluidoras da CPRH, Waldecy Farias, “a criação de uma Rede Integrada de Monitoramento da Qualidade do Ar será iniciada pela área onde há maior volume de indústrias e instalação de novos empreendimentos, que é o Complexo de Suape”. A partir dessa experiência, a CPRH pretende expandir o projeto para outros polos importantes de Pernambuco, interligando uma rede com abrangência em todo o Estado.

Em Suape, o projeto prevê a instalação de quatro Estações de Monitoramento da Qualidade do Ar e Meteorologia que irão cobrir todo o território. Em 2008, a Agência Estadual de Meio Ambiente celebrou um convênio de cooperação técnica com a Refinaria Abreu e Lima para que fossem iniciadas as medidas primordiais visando à implementação da rede.

A primeira unidade da Estação de Monitoramento, adquirida pela Refinaria, já se encontra em Suape, com previsão para entrar em funcionamento até junho de 2013. As outras três unidades serão compradas em parceria com as empresas.

Para a coordenadora técnica do projeto e analista ambiental da CPRH, Lidiane Nunes, "o monitoramento da qualidade do ar permitirá estabelecer procedimentos de controle ambiental em conformidade com os padrões de emissões de poluentes atmosféricos, e também prever dados para estudos de gerenciamento de risco à saúde humana. Além disso, permitirá que a CPRH possa intervir o mais rápido possível quando os padrões da qualidade do ar ultrapassarem os limites estabelecidos pela legislação em vigor".

Suape participa desse processo como uma das entidades interessadas em garantir a instalação e o perfeito funcionamento da rede no Complexo. “Para isso, estamos dando todo o apoio à CPRH, através da Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente, nas ações intervenientes que a Agência Estadual de Meio Ambiente precise adotar”, garantiu Danielle Cássia dos Santos, coordenadora executiva de controle ambiental do Complexo de Suape.

O PROJETO
A Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar para o Complexo de Suape foi concebida para quantificar as emissões totais por tipo de poluente atmosférico e por tipologia de fontes como caldeiras, fornos, incineradores, caminhões e carros.  A partir dos dados coletados será possível identificar uma série histórica das emissões e poder criar os instrumentos de disciplinamento na instalação de novos empreendimentos e na operação das empresas já implantadas.

Cada estação vai medir os parâmetros de emissões atmosféricas que serão transmitidos em tempo real por um software de gerenciamento de dados, sob responsabilidade da CPRH. As informações serão disponibilizadas para as empresas do Complexo e as que desejarem poderão ter uma Central de Supervisão de Dados.

O projeto ainda trará mais um diferencial. Será integrado com as instituições acadêmicas de ensino superior para utilizarem esses dados em projetos de pesquisas voltados para a qualidade do ar.
De acordo com o cronograma da CPRH, está previsto para a rede entrar em operação a partir de setembro de 2013.